J Transcat Intervent.2019;27:eA201901.
Complicações no tratamento percutâneo de oclusões crônicas: uma revisão sistemática
DOI: 10.31160/JOTCI201927A201901
RESUMO
Introdução
A oclusão crônica representa o subtipo de lesão com as menores taxas de sucesso de procedimento, bem como a causa mais comum de revascularização incompleta e cirurgia de revascularização miocárdica. Sua recanalização exige técnicas avançadas, materiais dedicados, operador experiente e, em geral, duplo acesso arterial, o que torna o procedimento mais complexo, aumentando a possibilidade de complicações. Objetivamos caracterizar as complicações mais frequentes no tratamento percutâneo de oclusões crônicas na prática contemporânea.
Métodos
Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados PubMed/MEDLINE, utilizando como ferramenta de busca as palavras-chave “oclusão coronária”, “complicações” e “angioplastia”. Foram seguidas as recomendações PRISMA.
Resultados
De um total de 430 referências inicialmente analisadas, 6 preencheram adequadamente os critérios de inclusão e exclusão da análise, consistindo na amostra final. A taxa de sucesso do procedimento foi elevada, entre 76% e 96%. As complicações mais frequentemente reportadas foram injúria miocárdica periprocedimento (8,6%), complicações relacionadas ao acesso vascular (2,5%) e tamponamento cardíaco secundário a perfurações coronarianas (1,3%).
Conclusão
O tratamento percutâneo de oclusões crônicas perfaz um cenário desafiador e com alto potencial de complicações. A seleção de pacientes deve ser focada nos benefícios antecipados, dispondo de operadores treinados, capazes de efetivar o procedimento com êxito, e de reconhecer, evitar e tratar as intercorrências, caso elas ocorram.
Palavras-chave: Angioplastia; Oclusão coronária; Oclusão coronária/complicações
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