J Transcat Intervent.2019;27:eA20190001.
Perfil clínico-angiográfico e características das intervenções coronárias percutâneas nas lesões com trombo
DOI: 10.31160/JOTCI201927A20190001
RESUMO
Introdução
Os desfechos clínicos das intervenções coronárias percutâneas apresentam resultados dependentes das características clínicas, angiográficas e dos procedimentos. O objetivo deste estudo foi realizar a comparação dos pacientes com lesões e presença de trombo, para verificar a influência das variáveis de interesse em relação à mortalidade hospitalar.
Métodos
Estudo retrospectivo de procedimentos cadastrados no registro da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC) entre os anos 2006 e 2016, divididos em três períodos.
Resultados
A amostra foi composta por 22.587 pacientes. Ocorreram 22.978 procedimentos, tendo sido tratados 25.107 vasos, sendo 23.237 (92,5%) com stents. A média de idades dos pacientes foi de 60,9±12,1 anos, 70,3% eram do sexo masculino, e 20,5% eram diabéticos. Com relação aos procedimentos, houve sucesso em 93,8%, sendo 46,4% de intervenção primária. O uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa ocorreu em 15,3%, a tromboaspiração se realizou em 4,3% e, em 9,1%, implantou-se stent farmacológico. No modelo de regressão logística múltipla, as variáveis que melhor explicaram óbito foram primeiro período de tratamento, idade avançada, sexo feminino, ausência de dislipidemia, presença de diabetes, infarto agudo do miocárdio prévio, maior extensão da doença de artéria coronariana, uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa e intervenção coronária percutânea primária.
Conclusão
A análise do banco de dados da CENIC foi fundamentada nas características clínicas, angiográficas, dos procedimentos e desfechos clínicos nas intervenções coronárias percutâneas dos pacientes com lesões e presença de trombo. Primeiro período de tratamento, idoso, sexo feminino, ausência de dislipidemia, diabetes, infarto agudo do miocárdio prévio, doença de artéria coronariana com maior extensão, uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa e intervenção coronária percutânea primária foram variáveis que causaram repercussão na mortalidade hospitalar.
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