J Transcat Intervent.2018;26(1-2):eA0009.
Procedimentos terapêuticos intervencionistas em derivações cavopulmonares
DOI: 10.31160/JOTCI2018;26(1)A0009
RESUMO
Introdução
As derivações cavopulmonares constituem cirurgias paliativas de eleição em cardiopatias congênitas com condição anatomofisiopatológica univentricular. Este estudo objetivou relatar os resultados dos procedimentos percutâneos em pacientes com complicações após cirurgias de derivação cavopulmonar parcial ou total.
Métodos
Os procedimentos foram realizados sob anestesia geral e monitorização contínua dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios. A via de acesso foi obtida por punção da veia femoral (Fontan) ou da veia jugular interna (Glenn). Os dispositivos utilizados foram os de uso habitual para o tratamento de obstruções vasculares, de oclusão de shunts venovenosos e arteriovenosos, e das anastomoses sistêmico-pulmonares.
Resultados
Foram realizados dez procedimentos em dez pacientes, sendo quatro com cirurgia de Glenn (Grupo I) e seis com cirurgia de Fontan (Grupo II). A média de idade foi de 86 e 106 meses, e o tempo médio decorrido após a cirurgia foi de 24 e 25 meses nos Grupos I e II, respectivamente. Seis pacientes apresentavam lesões obstrutivas e quatro, shunts venovenosos, anastomose sistêmico-pulmonar ou fenestração do tubo cavopulmonar. Nos casos com lesões obstrutivas, houve ausência de gradiente residual e, após a dilatação, aumento significativo ou normalização do diâmetro do vaso. Nos pacientes com shunts, houve oclusão total após o implante do dispositivo. Em todos os casos, houve normalização dos parâmetros hemodinâmicos, melhora no quadro clínico e ausência de complicações.
Conclusões
Os procedimentos terapêuticos percutâneos são seguros e eficazes no tratamento das lesões obstrutivas ou na oclusão de shunts em pacientes submetidos à derivações cavopulmonares, que apresentam tais complicações em sua evolução.
Palavras-chave: Cardiopatias congênitas; Próteses e implantes; Stents; Técnica de Fontan
460